Relação Custo, Volume e Lucro

A relação entre o custo, o volume e o lucro é uma análise essencial na administração de uma empresa.  Mas antes de falarmos da relação desses elementos, vamos descrevê-los para melhor conhecimento:

Custo – São os gastos operacionais da empresa que podem ser variáveis ou fixos. Custo fixo é o conjunto de custos de estrutura e administração como aluguel, contador, pessoal e suprimentos de escritório, telefone e outros gastos que não variam conforme o faturamento. Os custos variáveis são relativos ao produto ou mercadoria ou serviço vendido, dependendo da atividade de cada empresa.

  • Nas indústrias, o custo variável abrange todo o processo de produção como matéria-prima, mão de obra, desgastes de maquinário, insumos da fábrica e energia elétrica.
  • Em comércio, o custo variável é o preço de aquisição da mercadoria a ser revendida e demais gastos até que chegue em sua empresa.
  • As empresas prestadoras de serviços têm como custo a mão de obra e ferramentas aplicadas aos serviços.

Também variáveis são as despesas de venda, ou seja, gastos gerados somente após efetuada a venda. As principais despesas são: impostos sobre vendas, fretes de entregas, despesas financeiras pelo prazo concedido e ou taxas de recebimento em cartões, comissões e premiações e verbas para propaganda e divulgações.

Volume – Valor total de bens e serviços vendidos em um determinado período.

Lucro – Valor que sobra após o volume de vendas pagar todos os custos variáveis e fixos operacionais. Esse montante é a remuneração do capital investido na empresa que pode ser reinvestido, ficar no giro ou ser retirado.

Com os elementos descritos de forma bem simples e sucinta, vamos explicar a relação entre tais:

Todo e qualquer negócio tem uma equação econômica, que nada mais é uma ‘continha’ com números absolutos e relativos. O primeiro item da equação é o valor total de vendas realizadas em um determinado período, o volume de vendas.  O segundo item contem o custo e a despesa variável. O terceiro item é o custo fixo. Por último, chegamos ao resultado obtido no período que pode ser lucro ou prejuízo.

Abaixo, temos um exemplo de apresentação da equação:

O volume de vendas vai pagar os custos e as despesas variáveis e o valor que sobra para a empresa é chamado de Margem de Contribuição. Ela deve ser suficiente para pagar o custo fixo e sobrar o lucro. Notem os números relativos, eles são importantes para a nossa análise.

Chegou o momento de colocarmos a relação volume, custo e lucro em prática e com estratégia. Vejam um exemplo de uma empresa que não está com o resultado suficiente:

Para resolver essa situação, as soluções podem ser: aumentar os preços, reduzir os custos e renegociar com fornecedores para ajustar a equação.

Melhorou a situação. Mas ao elevar os preços, em pouco tempo a empresa começou a perder vendas. A solução encontrada foi reduzir os preços e vender mais, o suficiente para pagar os custos e manter o lucro:

O peso dos custos variáveis aumentou em consequência da redução dos preços, de 46% passou a ser 49%, ou seja, 49% do faturamento é destinado a pagar os custos variáveis. Como não houve alteração nas despesas de vendas, permaneceu em 38,6%. A Margem de Contribuição caiu de 15% para 11,7% mas em valor absoluto, reais, a empresa conseguiu manter. Como o custo fixo não muda, obteve o mesmo resultado nos dois cenários.

Este foi um exercício para mostrar a flexibilidade na equação da empresa, onde a relação entre o volume de venda, o custo e o lucro é base para tomar as melhores decisões mantendo a empresa lucrativa.