Publicado por Antonio Martins Jr. em 25/11/12 em Administração, Ferramentas, Jovem administrador |
Empowerment significa empoderar ou fortalecer pessoas e equipes. Se levamos em consideração que qualquer organização é constituída principalmente por equipes e pessoas, podemos imaginar o bem que esta prática pode fazer à nossa empresa, tornando-a forte e competitiva.
No livro “Cartas a um jovem administrador”, Chiavenato subdivide o Empowerment em quatro facetas, como veremos a seguir.
As facetas do Empowerment
Dar importância e dignidade às pessoas
Nas palavras de Chiavenato isto quer dizer: “… fazê-las se sentirem valiosas, necessárias, respeitadas, fortalecidas, benquistas, aceitas e imprescindíveis”. Esta tarefa é inerente ao administrador e dependerá, em grande parte, da sua forma de relacionar-se com os seus colaboradores. É algo assim como um relacionamento recíproco, onde alguém só responderá positiva ou negativamente de acordo com o tratamento que receber primeiro.
Orientar as pessoas
Trata-se de obter a colaboração por meio da orientação e não da coerção. No tratamento coercitivo, com obediência cega às ordens, os colaboradores reagem com um comportamento passivo e reativo. A orientação despertará neles um comportamento ativo e proativo.
Desenvolvimento continuado das pessoas
Neste caso, o Empowerment transforma as pessoas em talentos, ao passo que elas aprendem a trabalhar em equipe. A ideia principal é que o colaborador, devidamente treinado e orientado, passe a ser um multiplicador de conhecimento e habilidades, ajudando a treinar e orientar os outros colaboradores. Isto é aprendizado contínuo.
Se por um lado muitos patrões preferem gastar o seu valioso tempo queixando-se da falta de mão de obra qualificada, por outro, também há patrões empreendedores que deixaram de reclamar e passaram a qualificar a mão de obra presente no seu quadro de funcionários, oferecendo aos seus colaboradores a oportunidade de participarem em cursos preparatórios e especializantes, custeados pela própria empresa.
Definição de objetivos consensuais com as pessoas.
Trata-se de definir, junto com a equipe, os objetivos que deverão ser atingidos. Deve-se reforçar os objetivos, avaliar os progressos, discuti-los com todos, corrigir possíveis falhas, fazer alterações, obter sugestões, incentivar esforços e reconhecer o bom desempenho.
É importante notar que, em todas estas facetas, o Empowerment tem como público alvo “as pessoas”. É surpreendente ver um clássico da Administração mundial, como é Chiavenato, resgatar o ser humano da visão taylorista – na qual a pessoa era vista apenas como uma parte das engrenagens das máquinas – e colocá-la em evidência, sem importar a posição que ocupa ou a função que exerça, como uma parte fundamental nas decisões e participando dos êxitos da empresa.
O Empowerment está na liderança do administrador
Há, todavia, uma quinta faceta destacada por Chiavenato, que não tem a ver diretamente com os colaboradores, mas sim com a pessoa do administrador: “O Empowerment está na liderança do administrador”. Neste aspecto, o administrador precisa saber conduzir tudo da melhor maneira possível. Tendo a capacidade de liderança visionária, impulsionadora e inspiradora.
Pois bem, aqui termina o nosso passeio pelo Empowerment.
About Antonio Martins Jr. > Fundador e gestor do blog Enfoquenet. Bacharel em Administração de Empresas. MBA em Gestão Estratégica. Autodidata na maior parte do tempo. Webdesigner, com ênfase no WordPress desde o início do século. Aficionado em fotografia e jardinismo.